Qual a diferença entre os vinhos: DOCG, DOC, Reserva e Reservado?
Entender as classificações de qualidade e de origem dos vinhos pode ajudar na hora de escolher a melhor opção de compra
Ao se deparar com garrafas de vinhos, algumas palavras escritas nos rótulos como: reserva, reservado, DOC e DOCG podem soar estranho. Isso tudo leva o degustador que não tem muita familiaridade a ficar um pouco confuso.
Mas ao conhecer essas nomenclaturas, você vai entender que não há nada de complicado. Essas classificações ajudam, seja o apreciador um leigo ou não, a tomar as melhores decisões na hora de escolher um rótulo, por exemplo.
Afinal cada uma delas diz respeito a uma região de produção ou à qualidade da bebida. Ou seja, conhecê-las dá força para o amante do vinho saber do que realmente gosta.
Esse processo de aprendizado não é difícil. Requer um pouco de dedicação para entender as peculiaridades de cada tipo de classificação. E assim, acertar nas escolhas.
Por mais que existam diferentes tipos de classificação de origem, essa história não é de hoje. Ela foi criada em Portugal no século 18, e muda de país para país. A origem dos vinhos consta nas inscrições abreviadas do tipo:
- DOC (vinhos italianos e portugueses),
- DOCG (italianos),
- AOC ou AOP (franceses)
- DO (espanhóis).
Isso atesta que a região de produção é controlada e assim assegura que as garrafas têm padrão. Já os vinhos com termos Reserva e Reservado têm a ver com as classificações baseadas no tempo de maturação da bebida.
A seguir você vai entender um pouco mais e assim fugir das ciladas.
A origem das classificações
A primeira região de classificação que se tem registro na história foi criada em Portugal, em Douro, em meados do século 18.
O então primeiro-ministro Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Seu objetivo era delimitar, regulamentar e proteger as áreas de produção do famoso Vinho do Porto.
A criação foi feita porque as exportações do vinho não estavam bem. E com isso era necessário ter algum tipo de controle. Ou seja, uma normativa para se diferenciar e alavancar os negócios.
Com a Companhia houve regulamentação, por exemplo, nos processos de: produção das uvas, quantidade máxima produtiva por safra e qualidade de cada lote. Enfim, fundamentos para atestar que o vinho produzido naquela região era de qualidade.
Um Vinho do Porto só pode ser chamado assim se for fabricado na região de Douro, e seguindo as regras específicas.
As bebidas portuguesas com denominação de origem são identificados pela sigla DOC (Denominação de Origem Controlada).
Com o passar do tempo, outros países como, por exemplo, Itália, França e Espanha também criaram os seus selos de qualidade.
Os tipos de classificações
As classificações de origem controlada ou de produção do vinho servem para que o consumidor saiba que está consumindo um produto padronizado.
Cada país tem as regras! Porém, vamos listar as mais comuns para que você não caia em nenhuma cilada na hora de escolher o seu vinho preferido.
Vinho Reservado
O termo Reservado foge um pouco das regras de outras classificações. Ele geralmente é usado em vinhos feitos na América do Sul.
Muitas vinícolas utilizam essa denominação para o vinho mais simples da carta. Não significa que são produtos ruins. Porém, não têm origem controlada. Geralmente são feitos em grande escala e têm como objetivo manter as características, independente da safra.
Vinhos Reserva e Gran Reserva
As vinícolas dos países do Novo Mundo geralmente não têm legislação específica para entrar nas classificações de Reserva e Gran Reserva. Por isso, cada produtor acaba criando os próprios critérios.
O consenso é que os vinhos Reserva são feitos com uvas selecionadas. Ou seja, que passam por um tempo de envelhecimento em barricas de carvalho. Já o Gran Reserva é o melhor vinho da vinícola.
Se o vinho for produzido na Europa, cada país vai adotar os próprios critérios para falar se ele é Reserva ou Gran Reserva.
- Espanha: vinho reserva descansa por três anos, um deles em barril de madeira. Gran Reserva o descanso é de cinco anos e dois deles em barril.
- Itália: depende da região, mas também tem relação com o tempo de descanso.
- Portugal e França: não há legislação nesse sentido. São os conselhos regionais que fazem os critérios para cada classificação.
Vinhos DOC
A Itália utiliza a definição Denominação de Origem Controlada (DOC) para atestar a classificação do vinho produzido em determinados locais do país e que seguem padrões de qualidade. Por lá, existe uma comissão de degustação de denominação que certifica a qualidade da bebida.
Em Portugal essa classificação também é utilizada. Os vinhos DOC são chamados de Vinho de Mesa.
Vinhos DOCG
Na Itália também é utilizada a Denominação de Origem Controlada Garantida (DOCG). Esse é o grau máximo na classificação de um vinho e poucas regiões possuem esse selo.
Outras classificações
No Brasil os vinhos podem ter as classificações de Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO), conforme critérios da Embrapa.
Na França, as garrafas podem ser Appelation D’Origine Contrôleé (AC e AOC), são os vinhos com grau de classificação mais altos, e Vin de Table, os que são produzidos com qualquer tipo de uva.
Por lá, há o Instituto Nacional de Origem e Qualidade que é responsável pelo enquadramento.
Já na Espanha, o Ministério da Agricultura classifica a procedência dos vinhos como Denominação de Origem Qualificada (DOCa) e Denominação de Origem (DO).
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